quarta-feira, 30 de abril de 2014

E essa tal liberdade ?!





Eis ai um sentimento tão procurado quanto a tal da felicidade. Até porque os dois devem ser irmãos bem próximos e, acredito eu, que se escondem sempre juntos. 

Quando pensamos em ser livres vários são os conceitos, dependendo do tamanho da liberdade que já se tem no momento. Então, o que seria essa liberdade, o ser livre? E é ai que penso que independente de qual que seja seu conceito teórico, liberdade é o que lhe falta, é o que você pode, quer e ainda não fez, mas “vai” fazer, pelo simples fato de que você almeja tal feito. 

Para mim, existe uma confusão do querer e do poder, não necessariamente algo que você pode, é algo que você quer, e nem sempre algo que você quer e não pode, define o que é o ser livre. A liberdade não está no que é mostrado no exterior, mas no seu interior. Para conseguir tal ato, o que já adianto não ser nada fácil, é preciso entender o que se é, o que se quer, e aceitar, sem falsos moralismos, ou preconceitos advindos de terceiros. A liberdade começa a partir do momento em que você se permite, que se doa, sem julgar, sem rotular. Tá ai o que nos faz achar que não somos tão livres, são os rótulos. Essa mania que temos de dar significado concreto a tudo esquecendo que cada um tem uma forma de ver as coisas, de pensar, de agir, de se expor, sentir e afins. Cada um com suas especificidades. O que para você pode representar uma falta de privacidade ou liberdade, como preferir chamar, para outras é só uma forma de se expor livremente para quem se quer, sem medo, sem rótulos. E é ai onde está o segredo. 

Então se existe algo que eu possa aconselhar para que ao menos em alguns momentos você encontre a tal dessa liberdade, é o velho clichê do “permita-se”, grite alto em lugar publico (caso queira), corte, pinte, raspe, descolora os cabelos (caso queira), levante a blusa e mostre os seios (caso queira), faça sexo no carro, na esquina, no banheiro de um bar (caso queira), fale o que você realmente acha sobre algo (de forma educada sempre, vale ressaltar, caso queira), o critério aqui da liberdade é o caso queira, se quiser algo, apenas faça, você é livre para isso se você permitir ser. Porque liberdade é a sua forma de expressão consigo mesma, é a aceitação sobre quem você é. Se doar de diferentes formas, em variadas proporções para cada um de acordo ao que você achar que deve. É ser livre de fora pra dentro, e consequentemente de dentro pra fora. Talvez assim você não encontre somente a liberdade que procura, mas a felicidade que tanta gente perdeu. Aquele simples brilho nos olhos e a sensação de missão cumprida. 


** Texto a pedidos! ;*
( Espero que gostem!!) 

sexta-feira, 11 de abril de 2014

A arte do desapego




Muita gente diz para praticar o desapego. 

Esse bendito desapego só pode ser uma arte, e que Puta arte, diga-se de passagem.
Talvez só consiga praticar tal estripulia, um artista experiente, digno de um prêmio Nobel. 

Por que eu, mera mortal, não consigo concluir tal ato com esplendor, por mais que insista, ensaie, pratique e repita a cena mil vezes continuo errando nos detalhes mais simplórios que há. Como quando quase sem querer,  vejo uma foto, tão brevemente (quase na velocidade da luz) e mesmo assim nesse curto período de tempo, erro o texto, perco a fala, o tempo, o compasso, o contexto, o molejo, o equilíbrio e toda sanidade até aqui estudada se desvaira. 

Como conseguir apagar da memória coisas as quais você nunca pensou que deveria esquecer? Imagens que quando aconteceram você fez questão de colar com cola definitiva nas paredes da memória e em cada cantinho que esse coração filho de uma mãe desnaturada reservou para pessoas aparentemente especiais.

Sabe, talvez eu nunca esqueça, nunca desapegue, nunca apague as memórias que um dia considerei importantes demais para serem esquecidas, até porque foram elas que me fizeram ser quem sou hoje, uma pessoa com suas bagagens, suas historias, seus conhecimentos ou não. Um tanto mais preparada para os próximos eventos cotidianos e complexos que a vida me convida a participar.

De qualquer forma, vou seguindo assim, sem ganhar o Oscar de melhor adaptação, mas tentando sempre a indicação de quem sabe, melhor atuação?!