Um pouco de realidade

Sangra, pulsando sem forças, pouco aliviado, um tanto inquieto, reprimido. Mas o que se podia esperar? Pequenas palavras entravam como faca, golpeando pouco a pouco, e parecia nunca ter fim. Cansei desse tentar, do esperar, do se oprimir, do tentar.

Porque quando as coisas são tão boas, esqueço do resto, do mundo a minha volta. Gostaria de tê-lo em meus braços todos os dias, gostaria de suas mãos segurando as minhas, em qualquer lugar, à qualquer momento... queria sua companhia todos os dias, mas não assim, não desse jeito... queria por inteiro, por completo. Mas a realidade me toma a todo instante, mesmo fechando os olhos, tentando não vê.

Como meus sonhos são breves.

Tão passageiros e belos como o céu ao cair da tarde, como a lua perfeita na noite, como o silêncio da madrugada e um céu estrelado. Lindos! Que sempre nos encantam, se vão, mas jamais deixamos de esperar pela sua volta.

( O gosto de seus lábios ainda percorre os meus, suas mãos ainda desenham meu corpo, seu cheiro não sai de mim e muito menos essa vontade de tê-lo ao meu lado um dia.)

                                                           Boa Noite.