Muita gente diz para praticar o
desapego.
Esse bendito desapego só pode ser
uma arte, e que Puta arte, diga-se de passagem.
Talvez só consiga praticar tal
estripulia, um artista experiente, digno de um prêmio Nobel.
Por que eu, mera mortal, não
consigo concluir tal ato com esplendor, por mais que insista, ensaie, pratique
e repita a cena mil vezes continuo errando nos detalhes mais simplórios que há.
Como quando quase sem querer, vejo uma
foto, tão brevemente (quase na velocidade da luz) e mesmo assim nesse curto período
de tempo, erro o texto, perco a fala, o tempo, o compasso, o contexto, o
molejo, o equilíbrio e toda sanidade até aqui estudada se desvaira.
Como conseguir apagar da memória
coisas as quais você nunca pensou que deveria esquecer? Imagens que quando
aconteceram você fez questão de colar com cola definitiva nas paredes da
memória e em cada cantinho que esse coração filho de uma mãe desnaturada
reservou para pessoas aparentemente especiais.
Sabe, talvez eu nunca esqueça,
nunca desapegue, nunca apague as memórias que um dia considerei importantes
demais para serem esquecidas, até porque foram elas que me fizeram ser quem sou
hoje, uma pessoa com suas bagagens, suas historias, seus conhecimentos ou não.
Um tanto mais preparada para os próximos eventos cotidianos e complexos que a
vida me convida a participar.
De qualquer forma, vou seguindo
assim, sem ganhar o Oscar de melhor adaptação, mas tentando sempre a indicação
de quem sabe, melhor atuação?!

Um comentário:
Simples palavras com grade conteúdo.
Belo texto amiga
Bjs!
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