sexta-feira, 11 de abril de 2014

A arte do desapego




Muita gente diz para praticar o desapego. 

Esse bendito desapego só pode ser uma arte, e que Puta arte, diga-se de passagem.
Talvez só consiga praticar tal estripulia, um artista experiente, digno de um prêmio Nobel. 

Por que eu, mera mortal, não consigo concluir tal ato com esplendor, por mais que insista, ensaie, pratique e repita a cena mil vezes continuo errando nos detalhes mais simplórios que há. Como quando quase sem querer,  vejo uma foto, tão brevemente (quase na velocidade da luz) e mesmo assim nesse curto período de tempo, erro o texto, perco a fala, o tempo, o compasso, o contexto, o molejo, o equilíbrio e toda sanidade até aqui estudada se desvaira. 

Como conseguir apagar da memória coisas as quais você nunca pensou que deveria esquecer? Imagens que quando aconteceram você fez questão de colar com cola definitiva nas paredes da memória e em cada cantinho que esse coração filho de uma mãe desnaturada reservou para pessoas aparentemente especiais.

Sabe, talvez eu nunca esqueça, nunca desapegue, nunca apague as memórias que um dia considerei importantes demais para serem esquecidas, até porque foram elas que me fizeram ser quem sou hoje, uma pessoa com suas bagagens, suas historias, seus conhecimentos ou não. Um tanto mais preparada para os próximos eventos cotidianos e complexos que a vida me convida a participar.

De qualquer forma, vou seguindo assim, sem ganhar o Oscar de melhor adaptação, mas tentando sempre a indicação de quem sabe, melhor atuação?!

Um comentário:

Unknown disse...

Simples palavras com grade conteúdo.
Belo texto amiga
Bjs!