Já não surpreende mais.
E tudo que se quer, quase sempre não se tem.
Por favor avise até onde podemos ir, podemos sonhar, ou até mesmo acreditar. Não que espere o paraíso em um primeiro beijo, mas quando esses beijos e carinhos se prolongam fica difícil manter os dois pés fixos no chão.
A ironia é que já esperamos o pior, mas não acreditamos que ele virá. Deveria acostumar-me com a instabilidade de meu coração, não cair em tentação, dar-me por vencida. É o que sempre prometo a mim mesma. Mas como segurar um coração arredio, pulsante e cheio de vontades, como criança mimada que não consegue negar um doce?
Nem sei o que pensar, como agir, nem a que conclusões chegar. Apenas, como de costume espera-se o tempo passar, o vento soprar. Fecho os olhos e o que vejo é apenas uma imagem manchada do que deveria ser e não é, o papel ridículo que fazemos e repetimos a cada migalha de esperança que nos é oferecida.
É o tal contentamento descontente, e como diria o meu poeta:
" O amor é o ridículo da vida, agente procura nele uma pureza impossível que está sempre se pondo.. indo embora. A vida veio e me levou com ela, sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraíso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não doi!"
Boa noite...

Nenhum comentário:
Postar um comentário